quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Capítulo I (Parte II) - Correr para viver

Capítulo I (Parte II)

Correr para viver 

Abro a porta bem devagar e sem fazer barulho para dar apenas uma espiadinha, eles estão de costa para o armário, não sei o que estão exatamente fazendo, acho que estão comendo um cachorro, pobrezinho dele... Espero que não levante, pois se ele levantar uma mordida e... Então vou sair desse armário bem devagar, muito cuidado... Droga! Esse piso é de madeira! Ele faz muito barulho, então vou tirar os sapatos para não fazer nenhum mísero som... Coloco meu pé para fora do armário, saio bem devagar, tento abrir a porta da frente, ela está emperrada, eu não quero força-la para fazer barulhos, abro a janela, UFA! Ela abre sem problemas, tiro minha mochila jogo ela para fora da janela e saio logo após, eles me ouviram saindo... Mas para minha sorte já estou fora, fecho a janela rapidamente e corro em direção ao galpão da farmácia. Mas antes tenho que subir em um telhado dessas casas para comer alguma coisa... ESTOU FAMINTO! Subo no telhado de uma casa baixa, mas essas coisas não podem chegar até aqui, abro minha mochila, tenho três garrafas e meia d’água, duas maçãs, e um potinho de alguma coisa estragada.
   Tenho que chegar rápido a esse galpão talvez lá tenha comida, às vezes lembro-me da minha mãe fazendo comida, eu desprezava a comida dela todo dia, agora se ela me der dez pratos eu como tudo e peço mais, por falar nisso estou sentido um cheiro bom de carne assando... Será que tem alguém dentro dessa casa? Bem só tem um jeito de descobrir... Me penduro no telhado, olho pela janela, lá dentro tem um garoto! Ele está vivo! Mas ele não está cozinhando, tem de haver mais alguém lá... Quando aparece um homem de dois metros de altura apontando uma shotgun de cano serrado bem pra minha cara... Com o susto largo do telhado, caio e ralo meu cotovelo, ele viu que eu estava vivo, mas depois disso eu desmaiei... Mau acordo e um garoto já está me pedido desculpas, ele pensou que eu era uma das coisas, e me bateu com um taco de baseball bem na parte de trás da cabeça o homem alto me pergunta se fui mordido ou arranhado, eu digo que o único machucado foi meu cotovelo na queda que tive.
   Eu pergunto se eles têm gelo para colocar num galo gigante que estou na minha cabeça.
- Sheila! Traga gelo para o rapaz! – Grita o homem.
   E quando aparece uma linda mulher, uma morena dos olhos castanhos claros, suas curvas perfeitas, uma mulher perfeita.
- Hora do jantar- Diz o homem.
Sigo o homem por um corredor cheio de fotos de famílias, vejo uma mulher que parece muito com Sheila, mas era um pouco mais velha. Então percebi que Sheila era filha do homem, então teria uma chance. O homem puxa uma cadeira e diz:
- Sente-se – Com um sorriso de canto de boca.
Eu olho para o rosto dele e me sento.

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